Mindfulness q.b.

Pessoalmente, já li alguns livros, já fiz formação direcionada para a minha profissão, já apliquei, por diversas vezes, princípios e ferramentas da minha vida pessoal e na escola, com os alunos, com resultados, julgo que é muito importante conhecer antes de falar ou de criticar, até porque os tempos que correm são realmente perturbadores, por diversos motivos e pedem-nos formas de estar e de fazer mais conscientes. Além disso, devido aos desafios deste novo mundo, as crianças que nele crescem precisam também de saber quem são e como agir de forma centrada.

Sem bater, gritar ou ameaçar, há outras formas de educar e de fazer demonstrar a tão pretendida "autoridade". Sim, autoridade. Ter autoridade não é ser autoritário. As nossas crianças precisam de liberdade, de autonomia, mas também precisam de limites e de pressupostos balizadores para o seu comportamento.

Quando determinadas atitudes de um filho, seja criança, ou não, se torna realmente desafiantes, existem várias formas de lidar com a situação. Nós podemos escolher ter paciência, tentar entender e solucionar o problema com calma e compreensão. Mas às vezes e dependendo da criança, quando sabemos que tal não está a funcionar o mindfulness acaba-se. Ou é, ou não é. É para fazer, é para fazer, é para ir, é para ir, é para sair, é para sair, é para comer, é para comer. Sim. E eles entendem tão bem. Temos de saber entender e olhar para o filho que temos. De nós, eles só nos querem como nós somos, querem amor, carinho, abrigo, porto seguro. Mas também querem limites e regras. O mindfulness também é isto tudo, mas a paciência esgota-se quando tentamos ter paciência demais. Não. É preciso ser natural e por vezes deixarmo-nos de tretas, porque o nosso equilíbrio somos nós, pais, que temos de o procurar. Nós é que percebemos o que funciona ou não funciona. 

Nem tudo tem de ser mindfull.